Ao lançar Geraldo Julio (PSB) para concorrer  a Prefeitura do Recife em 2012 o governador Eduardo Campos contribuiu para dividir o PT pernambucano.
Agora, quando ensaia concorrer à Presidência da República, o governador estimula movimento inverso: o PT começa a se reunificar.
E os sinais de entendimento surgem em favor da presidente Dilma Rousseff, já pré-candidata à reeleição.
Na tarde desta terça-feira, a deputada Teresa Leitão assumiu a defesa da presidente que sofria o segundo dia de ataques de eduardistas por conta da prorrogação da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para o setor automobilístico.
Ela respondia ao deputado do PR Sebastião Oliveira que foi à tribuna da Assembleia Legislativa reforçar as críticas à diminuiçao do imposto, o que, segundo ele, afetaria diretamente o caixa dos municípios.
A deputada petista fez um aparte longo e foi acompanhada pelos colegas de bancada Sérgio Leite, Odacy Amorim e Manoel Santos.
O tom foi plena unidade em benefício de Dilma. Situação rara de acontecer nos últimos meses no PT.
Aliás, a própria Teresa Leitão já havia prognosticado, em matéria publicada aqui no Blog há cerca de duas semanas, que a reeleição da presidente deve ser o fator de agregação do PT de Pernambuco este ano.
E é isso que estamos começando a ver. Por tabela, observamos um acirramento de posicionamentos entre PT e PSB – algo inevitável diante dos projetos eleitorais conflitantes de Dilma e Eduardo (na foto acima, pode ser ver adesivo da pré-campanha do socialista).
No final do embate, Sebastião Oliveira falou sobre o que se passou e deixou a entender que cumpriu seu objetivo:
“Fico satisfeito de ter tirado o PT da toca”, disse.
Com informações e foto de Júlia Schiaffarino, do Diario.