Não apoio o Marco Feliciano, explica Rachel Sheherazade

A jornalista Rachel Sheherazade concedeu uma entrevista à revista Veja São Paulo explicando que não defendeu o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), mas a democracia.
A âncora do jornal SBT Brasil comentou sobre as manifestações que pedem a retirada do parlamentar evangélico da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias dizendo que a democracia precisa ser respeitada, já que Feliciano foi eleito de forma democrática.
A repercussão desse comentário gerou muitas críticas à jornalista que se explica para a reportagem da Veja: “Disseram que eu apoiava as ideias dele. Imagina! Tenho amigos gays e ascendência africana. Eu opinei sobre a democracia, que está em risco”.
Depois de tal afirmação no noticiário da emissora, Rachel teria passado a ser criticada pelos colegas de emissora que estariam circulando um abaixo-assinado contra a jornalista. Sheherazade nega que tal documento tenha de fato surgido entre os funcionários do SBT, mas diz que já enfrentou problemas por seus comentários.
“Algumas pessoas não estão preparadas para a liberdade de expressão e há quem prefira a censura. E me chamaram de musa do conservadorismo quando me posicionei contra o aborto”.
Apesar de tantos comentários contrários à forma como se posiciona, Rachel volta a dizer que não foi contratada apenas para repetir o que está escrito no teleprompter, mas para opinar. “Antes, a âncora se maquiava, lia notícias, dava boa-noite e ia embora. Eu fui contratada para opinar”.
Sobre ser conservadora, a jornalista deixa claro que não vê problemas em ser considerada menos liberal que outros profissionais da imprensa. “Nem todo conservadorismo é ruim. É diferente de ser retrógrado.”