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domingo, 13 de outubro de 2013
BLOG DE POLITICA
Partidos fazem tudo para ter “um Tiririca pra chamar de seu”
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Uma semana depois de esgotado o prazo de filiação e migração partidária para quem planeja disputar a eleição de 2014, surgem evidências de que grande parte das legendas buscou a todo custo ter um Tiririca para chamar de seu.
Hoje deputado federal pelo PR de São Paulo, o comediante, conhecido por aparições em programas de TV, foi protagonista de um fenômeno eleitoral e 2010.
Paulo Paiva/DP/D.A.Press
Recebeu 1,35 milhão de votos e garantiu não só sua vaga como também ajudou a eleger mais três da sua coligação – Otoniel Lima (PRB), Vanderlei Siraque (PT) e Protógenes Queiroz (PCdoB).
Entrou para a história e acabou virando “modelo” de candidato que multiplica votos e mandatos.
faceboook/deputado romario
Seguindo a mesma cartilha escrita pelo PR paulista, siglas de diversas colorações investem em nomes conhecidos para, quem sabe, ter o chamado “puxador de voto” dos sonhos na corrida proporcional.
Entre as apostas estão ex-atletas, modelos, cantores, misses e ex-participantes de reality shows.
Em Pernambuco, o nome mais reluzente é o do goleiro do Sport Club Recife, Magrão.Ele disputará cadeira na Câmara dos Deputados pelo PSB.
tvfoco.pop.com.br
Pelo país afora, aparecem na lista a ex-modelo e apresentadora Monique Evans (PSL-RJ), o cirurgião plástico Robert Rey, conhecido como Dr. Hollywood (PSC-SP), o ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca (PT-SP), a cantora Sula Miranda (PRB-SP), o ex-jogador de vôlei Giovane Gávio (PSDB-MG) e por aí vai.
Antes que achem um descalabro essa história de celebridade insistir em fazer carreira na política, há que se observar que alguns dos mais atuantes parlamentares do país tiveram origem nesses “experimentos”.
Jean Wyllys (PSol-RJ) e Romário (PSB-RJ) brilham na defesa de causas sociais e de direitos humanos.
O próprio Tiririca foi considerado por jornalistas que cobrem o Congresso um dos melhores deputados de 2012. Tratam-se de nomes que fizeram a fama, mas se recusaram a deitar na cama.
Se pesquisas são o retrato de um momento, Eduardo Campos está bem na foto nesse outubro de 2013
imagem: vereadorcafezinho.blogspot.com
Se as pesquisas são um “retrato” do momento, o governador Eduardo Campos (PSB) está bem na foto nesse outubro de 2013, um ano antes da eleição presidencial.
A primeira pesquisa sobre a corrida eleitoral de 2014 publicada após o casamento do PSB com a Rede, de Marina Silva – Datafolha – mostra Eduardo com 15%.
Ele já vinha há mais de um ano se expondo, batendo ali, aliviando ali, se colocando como candidato ao Planalto e patinava entre 5% e 8%.
Agora, uma semana depois de ter ganho reforço no palanque, grande visibilidade – coincidentemente o programa nacional de TV do PSB estava agendado para o dia 10 – cresceu na aceitação do eleitorado.
Claro que estamos falando de um recorte momentâneo, resultado de fatos extremamente favoráveis a quem está numa disputa eleitoral.
Mas, não se pode deixar de registrar que o caminho aberto por Eduardo é animador para ele e seus aliados.
Obviamente é cedo para maiores avaliações.
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Além disso o discurso da nova política contradiz com aliados e práticas observadas no seu governo em Pernambuco.
Do mesmo modo, é dúbia a postura de Marina, que embora pregue um modelo horizontalizado de liderança, tomou a decisão de se filiar ao PSB sem consultar as demais instâncias da Rede.
Mas, o ânimo que Eduardo e Marina buscavam chegou. As contradições contidas na aliança certamente colocarão a conta na mesa e deverão provocar debates aprofundados sobre o que dizem e o que fazem os políticos.
E ainda que mil e uma análises, feitas a partir de números, mostrem que Dilma venceria assim ou assado, que os votos de Marina vão para A ou B, ou crescimento de Marina pode inviabilizar Eduardo, o fato novo é que a aliança entre eles garantiu crescimento do socialista nas pesquisas.
E isso é motivo para dar mais gás à pré-candidatura do governador de Pernambuco. Veja matéria sobre a pesquisa que traz Dilma Rousseff (PT) com 42% das intenções de voto; Aécio Neves (PSDB), 21%; Campos,15%:
PT-PE se prepara para entregar cargos a Eduardo e tomar impulso para tentar sair do fundo do poço
www.pt.org.br
A entrega dos cargos do PTB ao governo do estado, na última sexta, marcou o distanciamento de Armando Monteiro da gestão socialista e evidenciou a complicada economia interna do PT.
Há pelo menos cinco dias, a legenda já teria recebido o sinal da direção nacional para se desligar da administração do governador Eduardo Campos.
Ainda assim, o PTB, aliado do PT nesse momento em que o PSB assume ser oposição à presidente Dilma, saiu na frente.
Devolveu o quinhão que tinha e adotou postura de independência.
Por outro lado, petistas seguem estudando a melhor hora de desembarcar. O entendimento de que é preciso sair é corrente no grupo que reúne o senador Humberto Costa e deputado federal João Paulo.
Já o bloco que se mantém próximo ao governador – com tendência a apoiar a candidatura do socialista – não parece nem um pouco preocupado em romper com Eduardo.
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Dentro do PT, comenta-se que esse contigente estaria mesmo disposto a continuar alimentando a tensão, beneficiando o governador.
Os cargos de maior relevância comandados por petistas no governo são a Secretaria de Cultura (Fernando Duarte) e secretaria-executiva de Agricultura (Oscar Barreto).
Ambos, segundo observações do próprio partido, não estariam interessados em limpar as gavetas.
Como têm instâncias que devem ser respeitadas e trâmites sempre perseguidos, o PT segue protelando a decisão.
Agora, calcula que até a próxima sexta-feira tudo estará resolvido. Nesse meio-tempo, petistas tentarão dialogar, num processo que dificilmente será consensual.
Mas como têm que olhar para a frente, a tendência é achar que o fundo do poço chegou e que a única saída é tomar impulso rumo à borda.
(texto da coluna Diario Político, publicada nesse sábado, 12.10.13, no Diario)
Em resposta a “isolamento”, Eduardo diz não ver motivo para que o PT se afaste do PSB
Bernardo Dantas/DP/D.A Press
O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, minimizou nesta sexta-feira (11) a orientação dada ao PT pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no sentido de buscar isolar o PSB na formação de alianças estaduais para as eleições de 2014.
“Não estou preocupado com essas questões de quem deve ou não ficar de fora de alianças. A nossa rede será de alianças para o bem do Brasil”, afirmou o possível candidato à Presidência, que participa de encontro estadual do PSB em Mossoró (RN). O texto é da Folha de S. Paulo.
Roberto Stuckert Filho/PR
Nesta sexta-feira, reportagem da Folha informou que Lula manifestou, em reunião sobre conjuntura política com a presidente Dilma Rousseff, o desejo de dificultar as alianças regionais do partido de Campos, que recentemente entregou os cargos no governo e fechou aliança com a ex-ministra Marina Silva, que se filiou à sigla.
O objetivo é evitar que o PT e outras siglas aliadas ao Planalto se aliem a Campos nos Estados e reforcem o projeto presidencial pessebista.
Campos, que tem o PT participando de sua gestão em Pernambuco, disse que “não será a exclusão de partidos ou pessoas que irá fazer o país mudar”.
“Não será a exclusão de partido ou de pessoas que vai fazer esse país mudar, mas os programas sociais, em todas as áreas. Se existe alguma ruptura, não é nosso desejo. Aliás, quando se diz que o PT deve deixar de fazer alianças com o PSB nos Estados, eu não vejo isso como exclusão, porque o PSB quer mudar os caminhos, mudar a realidade através do debate”, afirmou.
O governador afirmou ainda não ver motivo para afastamento do PT de seu governo –a sigla comanda Transportes e Cultura–, e também para o rompimento entre PSB e PT onde as legendas são aliadas.
“Não vejo qualquer motivo de afastamento da legenda [PT]. Cada Estado tem seus representantes, seja do PSB, PT e outros partidos, e são responsáveis por discutir e procurar o que é melhor, não em termos de favorecimento, mas de políticas públicas, mudanças e melhorias, que é disso que o Brasil, Estados e municípios tanto necessitam”, disse.
Eduardo recebido em Mossoró com ataques de petistas: “traidor do PT, traidor do Brasil”
Blog de Thaisa Galvão
No dia seguinte ao programa de TV em que afirmou que “o que está aí já deu o que tinha que dar”, Eduardo Campos foi recebido em Mossoró (RN) com críticas do PT.
Segundo o blog de Thaisa Galvão, militantes petistas foram às ruas com faixas provocando: “Eduardo Campos, traidor do PT, traidor do Brasil”.
Nesta sexta-feira, foi divulgado que o ex-presidente Lula orientou o partido a agir para isolar Eduardo.
O governador-presidenciável está na cidade ao lado do líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), paticipando de encontro regional do partido.
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