Após cruzar duas décadas polarizando com o PT em eleições presidenciais, o PSDB parece ter encontrando concorrente de peso para o posto de antagonista do petismo.
O PSB do governador Eduardo Campos entrou em cena e, mesmo aliado do governo da petista Dilma Rousseff, se apoderou de um discurso de oposição.
Sem citar nominalmente a presidente, o socialista critica a economia, usou o programa de TV para afirmar que é possível “fazer mais” e tem repetido que o Brasil precisa se desvencilhar da velha política.
Como os tucanos têm se movimentado menos e o pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, é bem mais comedidos nas afirmações, Eduardo firmou-se, até o momento, como a figura de contraponto a Dilma.
É óbvio que o jogo está apenas no início. É importante observar também que quanto mais candidatos entrarem na disputa, maiores serão as chances de diluição do eleitorado e, consequente, cresce a possibilidade de ocorrer segundo turno.
Nesse aspecto, tucanos e socialistas somarão forças e terão, certamente, o reforço de Marina Silva, que tenta viabilizar o seu partido.
No entanto, a capacidade de aparecer e a constância de declarações de Eduardo vão engolindo PSDB, Aécio e companhia.
E isso tudo sem romper com o PT, o que nos leva a crer que o discurso que virá após o corte das relações será muito mais corrosivo.
O governador, pelo visto, pode se firmar como o principal oponente de Dilma e do petismo.